quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Motivação ou Automotivação? A escolha é sua!

por Wagner Campos*

Se buscarmos as origens e os significados mais profundos sobre a motivação, retroagiremos décadas e décadas e teremos dezenas de significados, conceitos e pontos de vista. Encontraremos centenas de teorias interessantes e até mesmo complexas. Porém, todos direta ou indiretamente concluirão a mesma "essência" do que é motivação.

Mas não é o significado de motivação que será o escopo deste artigo e sim sua importância, seu envolvimento, sua influência positiva ou negativa em caso de ausência, junto à vida das pessoas.

Ouvimos com freqüência alguém falando que "não está motivado" em seu trabalho, "não está motivado" com seu casamento, namoro, curso, vida, que está desmotivado. Paralelamente a isso, busca uma alternativa para culpar, ou seja, apresentar uma justificativa para seu desinteresse por algo, como se não fosse uma decisão pessoal.

Durante toda a nossa vida passamos por momentos que muitas vezes causam um grande desgaste, decepção, frustração, ou indignação e ficamos emocionalmente fragilizados. Mas passamos por centenas de momentos, que nos causam alegria, orgulho, satisfação e realização. Sentimentos estes, que causam euforia e vontade de “quero mais”. As lembranças que iremos guardar dos momentos vividos depende de nossa escolha, do que damos mais importância para nosso crescimento intelectual, pessoal, afetivo e profissional.

Ser "motivado a" fazer algo é ser dependente de um combustível que pode terminar a qualquer momento e será necessário buscar nova fonte de energia para esta motivação. É estar aberto a maiores frustrações por gerar expectativas sobre algo ou pessoas, diferente do que poderá acontecer e do que poderão realizar.

Ser “motivado a” é aguardar alo acontecer, algo externo, que não depende exclusivamente de você e sim de algo que o motive, o conquiste, o leve realizar. É realizar algo que poderá dar errado pois você não desejou realmente realizar aquilo e sim aproveitou o momento para realizar.

Ser "motivado a" realizar algo é ter algo que o leve a realizar, chame sua atenção, desperte seu interesse criando a curiosidade de vir a participar ou colaborar com algo. Já ter AUTOMOTIVAÇÃO é se manter programado para buscar de maneira continuada aquilo que acredita, deseja e faz parte de seu ideal.

A pessoa automotivada reconhece seus erros, desenvolve novas estratégias, reorganiza seu plano de vida, divide suas alegrias com as pessoas próximas, tem bem definido o que deseja conquistar em sua vida e o que é prioridade. Não se abala pelo cansaço devido ao excesso de tentativas mas sim demonstra euforia pela oportunidade em poder buscar o sucesso realizando novamente de forma mais precisa.

Ser automotivado é amanhecer tendo a certeza que irá fazer algo novo, fazer o comum se tornar diferente. O automotivado encara seus desafios como oportunidades de aprendizado e autodesenvolvimento. Quando uma pessoa é automotivada, passa a ver as situações de formas positivas, em vez de desenvolver expectativas cria possibilidades, em vez de utilizar o tempo justificando um novo problema, potencializa o tempo apresentando uma nova oportunidade em vez de apontar culpados pelos fracassos demonstra interesse em treinar novos vencedores.

Ser automotivado é ir além. É não precisar viver sendo empurrado e incentivado. É lutar por tudo o que acredita, pelo desenvolvimento humano e pessoal, pelas realizações pessoais, pela conquista ética de seus objetivos. É ter a energia inesgotável em seu coração, em sua alma e utilizar a mesma para aquecer e gerar energia em todas as pessoas a sua volta, fazendo que todos vejam outros caminhos a se seguir.

Motivar é mover. Automotivar é avançar. Onde você se encontra? Movendo coisas ou avançando em busca de seus objetivos?

*Wagner Campos é palestrante e Conferencista em Vendas, Motivação e Liderança. Administrador de empresas, com pós-graduações em Marketing, Comunicação e Negócios, Formação de Professores para o Ensino Superior e MBA em Logística. Possui experiência há mais de 12 anos na área, tendo desenvolvido experiência em empresas renomadas como Cia Cervejaria Brahma, Unibanco, Multibrás Eletrodomésticos, Bebidas Wilson e Sebrae. É autor do Livro "Vencendo Dia a Dia", Professor de MBA em Logística, MBA em Marketing e MBA em Gestão de Pessoas e Coordenador do Curso de Marketing do Grupo Anhanguera Educacional.

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Vale a pena construir uma Marca Pessoal?

por Fabiano Caxito*

Não importa qual seja sua área de atuação profissional. Nas últimas décadas, o mundo do trabalho mudou! Quantas vezes ouvimos ou lemos notícias sobre reengenharia, downsizing, redução de níveis hierárquicos ou terceirização? Era comum, há alguns anos, que as pessoas tivessem um só emprego durante toda a sua vida. Quem trocava constantemente de emprego era mal visto pelas empresas. Tinha a “carteira suja”, ou seja, existiam vários registros profissionais em sua carteira de trabalho, mostrando que era uma pessoa pouco comprometida com as empresas nas quais trabalhou. Hoje, é não só comum como até recomendável que a pessoa tenha várias experiências profissionais.

Esta mudança não é verdade só nas áreas operacionais! Estudos mostram que 90% dos empregos de “Colarinho Branco”, ou seja, ligados às áreas administrativas,  desaparecerão ou serão reconfigurados nos próximos anos.

E como funciona este novo mundo? Como o profissional mudará de empresa diversas vezes durante sua carreira, é importante que ele crie uma boa imagem em seu mercado, que sirva de referencial para as empresas que o contratarão. Neste novo mundo, o profissional, é tão bom quanto seu último projeto; Cresce... ou Desaparece; Depende de suas habilidades e competências; Tem que agir e pensar como um empreiteiro independente, que precisa construir uma reputação, ou seja, precisa deixar sua MARCA em todo projeto que faz.

Significa então que a segurança no emprego acabou? Do modo como a conhecemos, sim! Mas uma segurança no emprego MUITO antiga está de volta. Ela é baseada em um tripé:
Relacionamento = o profissional precisa construir uma rede de relacionamentos e contar com o apoio informal dos conhecidos e amigos. Esta rede foi tema de nossas últimas colunas.

Competência = o profissional precisa ter conhecimentos, habilidades e atitudes, ou seja, competências que sejam comercializáveis.

Diferenciação = O profissional precisa se destacar dos outros, precisa ser memorável, diferente.

Em outras palavras, o profissional precisa construir uma marca pessoal que o destaque dos demais profissionais e que aumente o seu valor no mercado. Uma marca é um nome, termo, signo, símbolo ou design que tem a função de identificar a promessa de benefícios associada a bens e serviços, e aumenta o valor de um produto além de seu propósito funcional.
Vamos dar um exemplo: o material e a mão-de-obra necessários para fazer uma calça jeans são sempre os mesmos: alguns metros de tecido, um zíper, um botão, alguns metros de linha e algumas horas de trabalho de uma boa costureira. Mas, enquanto uma calça jeans sem marca pode ser comprada por R$15,00 em lojas do Brás ou do Bom Retiro, uma calça semelhante, feita por uma grife famosa, chega a ser vendida por R$3.000,00 em lojas da Oscar Freire. E o que diferencia uma da outra? A marca. O propósito funcional, ou seja, vestir a pessoa, é atendido por ambas as calças. Mas a marca amplia este propósito. Ela também serve para demonstrar Status e poder de compra.

E uma pessoa, pode ser uma marca? Claro que sim. Pense em Michael Jordan, Gabriela Sabatini, Alex Atala, Washington Olivetto e tantos outros nomes que são verdadeiras grifes. O valor de um produto aumenta simplesmente por ter o nome de uma destas pessoas ligado a ele. Uma marca pessoal é um sinal de confiança, que atinge emoções e emoções orientam nossas decisões.

Mas uma sua marca pessoal tanto tem a ver com quem você é com quem você não é. Tem a ver tanto com as coisas positivas que você faz e que agregam valor a seu nome, quanto com as coisas negativas que diminuem seu valor. Em 1993, Ronaldo fenômeno foi vendido para o Cruzeiro por R$25 mil. Em 1994 o PSV pagou US$ 6 milhões pelo seu passe. Já em 1996 o Barcelona pagou US$20 milhões pelo jogador e o vendeu apenas um ano depois para a Inter por US$32 milhões. Em 2002 o Real desembolsou EU$45 milhões para ter o craque. Sem falar nas empresas que pagaram milhões para tê-lo como garoto propaganda. E agora, depois dos últimos episódios da vida de Ronaldinho, quanto será que vale seu passe? Com certeza, bem menos do que já valeu antes.

Em muitas profissões, a construção de uma marca pessoal já é algo muito comum, e está ligada a competência e a maestria, ou seja, a excelência deste profissional. Esperamos maestria de um neurocirurgião, de um músico, de um jogador, de um ator ou de um arquiteto. Se estes profissionais não deixarem sua marca de excelência em cada um dos trabalhos que fazem, com certeza não serão bem sucedidos profissionalmente e não conseguiram novos clientes ou fãs. E por que não buscamos desenvolver esta maestria nas nossas ações pessoais? Por que não pensamos em construir e deixar nossa marca em cada uma das atividades que fazemos no nosso cotidiano?

Pense nisso durante este mês e continuaremos a falar sobre o assunto na próxima edição. Até lá, invista em você. Deixe sua marca e Acelere Sua Carreira!

*Fabiano Caxito é Mestre em Administração Estratégica, MBA em RH, especialista em Docência, Graduado em Gestão Financeira, Coordenador, na Universidade Cidade de São Paulo, Consultor, Palestrante e sócio da BOSS Consultoria. Dentre as suas publicações está o lançamento ¨Não Deixo a Vida me Levar, A Vida Levo EU!¨, Editora Saraiva, 2009.

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